quinta-feira, março 27, 2014

O Dr. António Costa chama urbanismo ao vandalismo no SNS

O Dr. António Costa chama urbanismo ao vandalismo no SNS

Foram cinco as sessões da Assembleia Municipal de Lisboa (AM) onde os munícipes rejeitaram o encerramento dos Hospitais Civis de Lisboa e os pedidos de loteamento feitos pela empresa imobiliária Estamo à Câmara Municipal de Lisboa (CML). Trata-se de uma área urbana de 16 hectares na Colina de Santana (CS), vendida a uma empresa imobiliária em 2005 e cujo loteamento, urbanização e privatização conduzirá ao encerramento dos vários hospitais públicos aí existentes.
Apesar disso, na última sessão da AM a 25 março, o presidente da CML voltou a defender a bondade do seu programa de urbanização dos terrenos deixados pelos actuais Hospitais Civis, por serem substituídos pelo novo hospital de Todos os Santos, a construir em Marvila. Os argumentos apresentados foram os seguintes:
1- Zona de edifícios muito degradados sem capacidade de expansão e com reduzida e muito envelhecida população residente.
2- Oportunidade de regeneração daquela zona para habitação e para a criação de um pólo de conhecimento com novas empresas de inovação e de novas tecnologias.
3- Projecto ambicioso de urbanismo, com uma nova dinâmica para a zona central de Lisboa, de acordo com os diferentes protocolos já assinados entre a CML e a Estamo.
4- Por coerência com o aprovado em 2007 na CML e na AM, sobre o acordo dado para a construção do novo hospital em Marvila, substituindo os existentes.
A isto o Dr. António Costa chama urbanismo quando na realidade se trata de um acto de vandalismo no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Porque ele bem sabe que:
- Jamais os actuais Hospitais Civis de Lisboa podem vir a ser substituídos por um único hospital de média dimensão (600 camas), a construir em Marvila. Muitas empresas PPP de saúde irão nascer, acabando com a prestação do serviço de saúde pública.
- O SNS tem vindo a ser desmantelado pelo seu próprio partido político (PS) desde 2005, aquando da venda integral à Estamo, dos edifícios e dos terrenos dos Hospitais Civis de Lisboa na Colina de Santana, num processo não participado nem transparente.
- O seu programa para a Colina de Santana vai privatizar o maior património da cidade de Lisboa, e vai acabar com os serviços de saúde pública prestados à população de Lisboa.
- Este gigantesco espaço urbanizável do centro de Lisboa é o poço de petróleo há muito programado pela CML à revelia dos cidadãos e agora tornado público pela Assembleia Municipal.
E é esta a coerência do Dr. António Costa. Chama urbanismo ao vandalismo no Serviço Nacional de Saúde.
Teresa Sá e Melo, Cidadã
Lisboa, 26 de março de 2014

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