quarta-feira, dezembro 10, 2008

Para que serve a esquerda?

Há dias li um artigo de uma jornalista do El País sobre este tema, a propósito de um grupo de reflexão inglês sobre a esquerda na Europa (www.progressonline.com).
Em Portugal, como em toda a Europa, a esquerda não serve para nada.
A esquerda democrática não responde nem corresponde às necessidades dos cidadãos.
Não há alternância às políticas de direita.
Os políticos de esquerda e de direita enrodilham-se em discussões bizantinas sobre o Estado e o Mercado, cada um com a sua visão única e global de governo.
Os cidadãos, esses, continuam pobres, ignorantes, desempregados e sem voz.
Assim que atingem o poder, os patrícios, com uma escassa minoria dos votos de todos nós, afirmam com arrogância a sua legitimidade política para fazer reformas.
Toda a nova legislação que implementam é contra os cidadãos. No ensino, na saúde, na justiça, na segurança, na habitação.
É a limitação das despesas do Estado com os seus cidadãos que constitui o cerne das políticas reformistas.
Deixou de haver uma base histórica ou cultural das reformas que se implementam.
A democracia representativa está viciada e não responde às aspirações das pessoas.
É um poder masculinizado, ganancioso, inculto e partidário.
Que os Deuses e os poetas protejam a Europa!

1 Comentários:

At 10:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Que grande observação.
Por acaso faz todo o sentido reflectir sobre isto, porque acho que aqueles "encontros da Esquerda" ja realizados em Portugal, com aquelas figurinhas do costume, não serviram para mais do que saber realmente qual o seu paradeiro, o que farão daqui para a frente, e como combater os outros, para manter o seu poleiro. Já estive inscrito num partido dito de esquerda, que no fundo não o era, e hoje arrependo-me disso.
Sinceramente gostaria que a "banda larga" chegasse ao país todo, e que a home page fosse uma página em branco com um inquérito em que as pessoas diriam sim ou não às novas leis, saídas da Assembleia e prontas a serem referendadas pelo povo. Porque farta votar em listas partidárias, repletas de cancros lá dentro. Não quero votar mais em pessoas, quero votar em projetos e ações. Não naqueles acomodados que já nem esperança dão aos seus seguidores. Assim seria uma democracia verdadeiramente representativa, sem espaço para esquerdas nem direitas.

 

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