segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Pedido manifesto à Dra. Manuela Ferreira Leite

A Dra. Manuela Ferreira Leite é uma mulher apreciável, como cidadã e como política.
A Dra. Manuela Ferreira Leite tem carisma, uma coisa que tanto o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa como o Eng. Ângelo Correia não têm.
A Dra. Manuela Ferreira Leite é uma profissional competente com uma imagem de pessoa honesta.
Politicamente está situada à direita. Em consonância, e como economista, manifesta uma atenção e um cuidado especiais para com o capital e mais-valias associadas à actividade económica privada.
O mundo do trabalho, em particular o direito daqueles que fabricam os produtos que consumimos é-lhe menos gritante.
Apesar disso, (“a liberdade deveria pressupor sempre a igualdade”), é uma senhora politicamente respeitada à esquerda.
Porque é responsável, porque é frontal, porque não entra em jogos, porque não dá espectáculo.
Como cidadã de esquerda gostaria de lhe fazer um pedido:
Que nos explicite a sua ideia particular de governo e o que pretende mudar ou refazer na actual economia de mercado. Como poderá ressuscitar dezenas de milhar de PME e como poderá descongelar o mercado de crédito.
A essa ideia adicione os nomes da equipa que pretende conduzir e os parlamentares que irão defender essa política.
Porque ao fim de 35 anos de dirigentes políticos com práticas políticas irresponsáveis, importa saber quem é quem e quem faz o quê.
A situação actual obriga-nos a todos, a uma atenção redobrada sobre a incompetência de muitos políticos, tanto à esquerda como à direita, cujos nomes sonantes são bem conhecidos e pouco credíveis.
Porque no dia em que o Estado de Direito reconhecer a importância de escrutinar nomes, e não de sufragar um partido-viveiro de dependentes abstractos, esse dia feliz será o dia da cidadania correctamente representada.
A comemorar por todos os que prezam a democracia, em particular os de esquerda que nunca tiveram a Dra. Manuela Ferreira Leite como eleita, até esse dia.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Ideologia



Para mim, quando me falam em ideologia tenho esta imagem (Reuters, El País 1Feb2009), como representação da diferença entre esquerda e direita.

Em nome do mercado livre, as democracias aceitam as regras dos gestores das aplicações financeiras, em produtos não produzidos pela economia.

Em nome do mercado livre, as democracias aceitam que estes gestores delapidem o produto do trabalho de 500 milhões de cidadãos, sem produzir mais valia, sem pagar impostos e sem arriscar a prisão.

Se as democracias na Europa não põem cobro a estes abusos, reconquistando o sentido da mais elementar justiça num Estado de Direito, então não necessitamos de democracia.

Isto é uma visão ideológica de esquerda.